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Consumo excessivo de sal acarreta doença renal e cardiovascular

Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Nefrologia apontam que aumento no consumo de sal no inverno acelera o desenvolvimento de doenças renais. De acordo com a entidade, um entre cada dez brasileiros tem problema nos rins, sendo que 70% dos pacientes em diálise demoraram a descobrir a doença. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo diário máximo de 5 gramas de sal, o que corresponde a 2 gramas de sódio, porém a ingestão média do brasileiro é de 12 gramas por dia.

O nefrologista Francisco Habermann alerta que os números comprovam que o sódio utilizado no sal de cozinha e em produtos industrializados, por exemplo, é um dos principais fatores de risco. “De uma maneira geral, a observação a respeito do controle do consumo de sal e das doenças renais não afeta somente no período do inverno. Esta é uma ação contínua, que decorre do nosso hábito do consumo excessivo de sal. No inverno, naturalmente, há o aumento dessa ingestão ao procurarmos alimentos mais calóricos e que geralmente vêm com sódio embutido”, afirma.

O brasileiro consome de 12 a 15 gramas de sal, o que, segundo o médico, demonstra o excesso da ingestão, da qual decorrem não só as doenças cardiovasculares, mas também as doenças renais. “Dentre os efeitos, temos os cálculos renais, que são mais frequentes naquelas pessoas que ingerem mais sal. Assim, até mesmo fora dos rins, por exemplo, o consumo excessivo de sal piora os casos da Síndrome Asmática Pulmonar”, frisa.

Francisco Habermann frisa a importância de uma mudança alimentar para reverter o surgimento de novos casos dessas doenças. “A mudança de hábito alimentar que inclui alimentos pouco condicionados com sal deve ser ensinada às crianças desde cedo. Aliás, vale recordarmos seis indicações para evitarmos a ingestão de sal excessivo na nossa dieta. A primeira é a retirada do saleiro da mesa de refeição; a segunda é cozinhar os alimentos sem sal e ajustar o paladar somente ao final do preparo do alimento; a terceira é preferir alimentos in natura, que tem menos sódio; a quarta é ler o rótulo no que diz respeito à composição de sódio; a quinta é evitar os temperos prontos, e a sexta é experimentar outros sabores no preparo dos alimentos, com ervas e hortaliças”, completa o nefrologista.

Fonte: JM Online