O número de mulheres que decidem ter filhos mais velhas aumentou e alguns cuidados devem ser tomados.
A necessidade da mulher atual provoca cada vez mais um retardo no período dedicado à maternidade. Isso acontece devido ao acúmulo de funções que antes eram atribuídas apenas aos homens, como o investimento nos estudos e na carreira.
O primeiro filho após os 30 anos já faz parte da realidade de 30% das brasileiras. Em 2000, esse número correspondia a 22,5%, segundo informações da pesquisa Saúde Brasil, divulgada pelo Ministério da Saúde.
Porém, as mulheres que optam pela gravidez tardia devem ficar atentas a alguns fatores. Um deles é o período de fertilidade, já que quanto mais a idade for avançada, maior será a dificuldade de ter filhos.
Segundo o Dr. Gilberto Nagahama, ginecologista do Hospitasl San Paolo, centro hospitalar localizado na Zona Norte de São Paulo, a queda da fertilidade é causada devido à diminuição do número de oócitos ou ovócitos(células precursoras do óvulo) no interior do ovário. “Ao menstruar pela primeira vez, a mulher possui 300 mil oócitos e a cada ciclo menstrual, para um óvulo que atinge a ovulação, mil oócitos são perdidos.”
O médico também afirma que quando a idade materna avança, a partir dos 35 anos, há um risco fetal de doenças sindrômicas, como a Síndrome de Down, que é a mais comum. Nas mães, é importante um bom pré-natal com o intuito de evitar enfermidades comuns entre as gestantes mais velhas, como a diabetes e hipertensão gestacional.
“Nesse período, são necessárias as avaliações feitas pelo médico obstetra, uma boa orientação nutricional, afim de evitar ganho de peso excessivo e diminuir o risco de algumas patologias comuns em idades maternas avançadas”, afirma.
As outras recomendações que visam à preservação da fertilidade e saúde reprodutiva são as mesmas sugeridas para os outros tipos de gestantes: não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, manter uma dieta equilibrada, exigir que os pais sigam as mesmas recomendações.
Serviço diferenciado
Com uma média de 1.700 atendimentos mensais, o Pronto Socorro Ginecológico destaca-se entre os serviços de saúde oferecidos pelo Hospital San Paolo.
Além de resolver as urgências obstétricas, no PS Ginecológico podem ser realizados todos os exames laboratoriais como cardiotocografia e ultrassonografias pélvica abdominal, transvaginal e obstétrico. Também é possível prevenir algumas patologias que incidem na paciente com evolução lenta como restrição de crescimento intra útero, oligoâmnio, quadros de sofrimento fetal crônico e infecções do trato urinário e genitais.
Fonte: SEGS